quarta-feira, 15 de junho de 2011

A Música Na Idade Média: Organum



O Organum é um dos vários estilos de polifonia, envolve a adição de uma ou mais vozes ao Cantochão.  A palavra vem do grego (órganon) que é a origem da palavra órgão.

Geralmente a melodia do Cantochão é acompanhada de outra voz para embelezar a harmonia. A voz principal (vox principalis) segue o Cantochão, enquanto a segunda voz harmoniza paralelamente, iniciando e terminando a melodia junto à tônica da escala da melodia principal. As notas vão se separando conforme a melodia progride, até atingirem intervalos de 4ªs e 5ªs, continuam o canto assim e próximo ao fim vão se juntando novamente, até terminarem a melodia juntas, na tônica da escala. Essa segunda voz se chama vox organalis. Somente a voz principal tinha uma notação escrita, a segunda voz improvisava.

Esta técnica antecedeu a polifonia de contraponto e foi usada com grupos maiores do que duas vozes; mas mesmo quando em grupos, as vozes dividiam-se em partes que somente duplicavam a voz principal e uma só voz cantava o Organum. Esta técnica foi desaparecendo conforme o avanço à polifonia expandiu a escrita na composição musical.

O Cantochão era a música oficial da Igreja na Alta Idade Média e tinha como característica a monofonia, ou seja, todas as vozes de um coro cantavam a mesma linha melódica. Porém no ambiente profano surgiu a música cânone, onde as vozes cantavam a mesma melodia, mas entravam em compassos diferente, como se cada voz perseguisse a que começou a cantar antes. Provavelmente foi essa a origem das primeiras idéias para uma nova organização musical, a polifonia, que é a técnica de cantar melodias diferentes ao mesmo tempo. Num primeiro instante (século IX), foi acrescentado à voz principal (vox principalis), que era um Cantochão, uma segunda voz, a voz organal (vox organalis), que consistia numa duplicação da voz principal uma quarta ou quinta abaixo, o que dá a essa música a sonoridade característica da época medieval.

Organum Paralelo:  

Os organa paralelos são as primeiras obras polifônicas que se tem notícia. Datam do século IX. Consistiam na duplicação de um cantochão, cantado pela vox principalis, pela vox organalis, normalmente uma quarta ou quinta abaixo. Uma outra forma seria a duplicação da vox principalis uma oitava abaixo e a duplicação da vox organalis acima das outras três.

Organum Livre:

Desenvolvimento do organum paralelo. No século XI observava-se os movimentos das vozes em paralelo, oblíquo, contrário e direto. As notas não eram executadas somente em estrito contraponto. A vox organalis passa a ser escrita acima da vox principalis.

Organum Melismático:

Séc. XII. O tenor mantinha as notas longas enquanto a vox organalis se desenvolvia suavemente através de notas mais curtas acima (melisma é o nome que se dá a um grupo de notas cantadas para apenas uma sílaba do texto).


Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Organum#Organum_paralelo

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