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terça-feira, 22 de novembro de 2011

A Música Na Idade Média: Ars Nova




Ars Nova também é conhecida como Pré-Renascença, teve forte influência da Guerra Dos Cem Anos, do príncipio da queda do feudalismo e do realismo político e filosófico. Era uma música mais próxima da vida, da realidade.

O homem vinha atuando na vida comum, no sentido horizontal, primando pela individualidade e valorizando a aparência e o luxo.

A notação musical se fixava e expandia. A música não religiosa ganhava mais respeito, se aliava às danças. França, Inglaterra, Itália se destacam.

A Ars Nova é mais expressiva e refinada, possui ritmos mais flexíveis e ousados. Harmonia mais desenvolvida e as frases se iniciam e terminam em acordes incompletos, de 4ªs, 5ªs e 8ªs. A polifonia se impõe e surgem novas técnicas para coordenar várias vozes e lidar com as dissonâncias, nasce o contraponto.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

A Música Na Idade Média: Vídeo


O vídeo é em espanhol, mas dá para entender um pouco. Aproveitem!!!

A Música Na Idade Média : Ars Antiqua




Ars Antiqua é um movimento polifônico do séc. XII até XIII e até o começo da Ars Nova.
  A presença da música não religiosa, chamada de profana, é de grande importância. Era a poesia lírica popular ou aristocrática, cantada nos castelos e aldeias. Isso era bem ao contrário ao canto gregoriano, que era homófono, cantado pelos monges. A música profana introduziu as primeiras experiências com a Polifonia.
  Os principais temas da música profana: amor, épicos, báquicos, cavalarias e cruzadas. O despertar da música profana se deve ao trovadorismo



  Os trovadores apareceram no sul da França, na Provença, em meados do séc. XI até o séc. XIII. Eram nobres, falavam dialetos e chamavam-se Troubadors.
  Na Alemanha, os trovadores baseavam os seus cantos na canção popular e na poesia dos Vaganten (vagantes), entre os quais se encontra a escrita do Carmina Burana.

  Tinha relação com o canto gregoriano e trouxe uma relação vocal-instrumental, inédita.

TROVADORES: Guillaume IX (1086-1127), Bernart De Ventadour (1145-1195), entre outros

TROVEIROS: Rei Ricardo Coração De Leão (1157-1199), Thibault De Campagne (1201-1253), Alfonso X (1226-1284), entre outros.

MINNESÄNGER: Vogelweide (1230), Tannhäuser (séc. XII), Reuenthal (1240), entre outros.

MEISTERSINGER: Hans Sachs (séc. XV), entre outros.

MENESTRÉIS: Aqueles que executavam sem compor, sendo servos, não nobres. Na Inglaterra, eram chamados bardos.

MÚSICOS-POETAS: Os compositores e músicos itinerantes de castelo em castelo.



Fonte:

ZilahiSoft - História Da Música

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

A Música Na Idade Média: Conductus



O Conductus era um canto de procissão usado para acompanhar o padre, conduzi-lo em seus movimentos pela igreja. Quando um compositor elaborava um Conductus, escrevia uma melodia própria em vez de pegar a parte do tenor emprestada do Cantochão. Sobre a parte do tenor adicionava duas, três ou até mais vozes, quase sempre no estilo nota contra nota.

O Conductus usava o mesmo texto para todas as vozes, diferentemente do Moteto. Nesse estilo também surgiu uma interessante invenção musical, a troca de vozes. Frases inteiras e fragmentos da melodia são trocados pelas vozes. Por exemplo, quando uma voz canta AB a outra voz canta BA.


Referências Bibliográficas:
BENNET, Roy. Uma Breve História da Música.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

A Música Na Idade Média: Motetos




No século XIII, as vozes mais altas da clausulae começaram a receber palavras independentes do texto.  O duplum passou a ser conhecido como motetus (do francês mots, que significa “palavras”), assim surgiu um tipo de música popular chamada Moteto.

Palavras seculares passaram a ser usadas pelo fato de que muitas dessas composições foram elaboradas para serem cantadas fora da Igreja. Sobre uma clausula, adicionava-se uma terceira voz (triplum) escrita com uma notação mais rápida. Esta tinha palavras indepedentes, às vezes até em outras línguas.  O triplum poderia se ajustar ao tenor ou ao duplum, mas não precisava necessariamente adequar-se aos dois e isso às vezes gerava conflitos dos mais dissonantes.

Referências Bibliográficas:
BENNET, Roy. Uma Breve História da Música.

domingo, 19 de junho de 2011

A Música Na Idade Média - Escola De Notre-Dame


No século XII, Paris tornou um importante centro musical. Isso aconteceu depois do início da Catedral De Notre-Dame. As partituras de Organum alcançaram um admirável grau de elaboração com um grupo de compositores pertencentes a “Escola De Notre-Dame”. Porém apenas dois nomes desses compositores chegaram até nós: Léonin, que foi o primeiro mestre do coro da catedral e Pérotin, que foi o seu sucessor e trabalhou de 1180 até cerca de 1225.




Léonin escreveu muitos organa (plural de organum) com base em cantos das festividades da Igreja, como a Páscoa e o Natal. O compositor escolhia a composição e considerava como tenor a parte que tivesse apenas uma ou duas notas em cada sílaba, atribuindo-lhes valores extremamente longos, tão longos que possivelmente os tenores de Notre-Dame fossem auxiliados ou até mesmo substituídos por instrumentos como o órgão ou os sinos. Acima dessa linha, o compositor escrevia um solo, agora com um tipo de notação mais rápida. Essa segunda linha se chamava duplum. Quando chegava a um segmento do canto original dotado de melisma, o Léonin colocava o tenor dentro do mesmo ritmo. Esse estilo de composição é conhecido como descante e parte do organum no qual isso ocorria se chama clausula.

A única referência escrita a um músico chamado Léonin foi registrada mais de um século após sua morte por um monge britânico anônimo, que o descreveu como "o maior compositor de organum para amplificação do serviço divino".

  
Pérotin revisou um grande número de organa de Léonin, enriquecendo-os e modificando-os afim de torná-los estilisticamente mais modernos. A um organum duplum ele podia acrescentar uma terceira voz (triplum) ou até mesmo uma quarta (quadruplum). Além disso compôs diversas clausulae: algumas em substituições de outras já existentes em organa anteriores e outras a serem executadas como peças independentes.


Fontes:
Uma Breve História Da Música – Roy Bennet
http://pt.wikipedia.org/wiki/Perotin
http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%A9onin

quarta-feira, 15 de junho de 2011

A Música Na Idade Média: Organum



O Organum é um dos vários estilos de polifonia, envolve a adição de uma ou mais vozes ao Cantochão.  A palavra vem do grego (órganon) que é a origem da palavra órgão.

Geralmente a melodia do Cantochão é acompanhada de outra voz para embelezar a harmonia. A voz principal (vox principalis) segue o Cantochão, enquanto a segunda voz harmoniza paralelamente, iniciando e terminando a melodia junto à tônica da escala da melodia principal. As notas vão se separando conforme a melodia progride, até atingirem intervalos de 4ªs e 5ªs, continuam o canto assim e próximo ao fim vão se juntando novamente, até terminarem a melodia juntas, na tônica da escala. Essa segunda voz se chama vox organalis. Somente a voz principal tinha uma notação escrita, a segunda voz improvisava.

Esta técnica antecedeu a polifonia de contraponto e foi usada com grupos maiores do que duas vozes; mas mesmo quando em grupos, as vozes dividiam-se em partes que somente duplicavam a voz principal e uma só voz cantava o Organum. Esta técnica foi desaparecendo conforme o avanço à polifonia expandiu a escrita na composição musical.

O Cantochão era a música oficial da Igreja na Alta Idade Média e tinha como característica a monofonia, ou seja, todas as vozes de um coro cantavam a mesma linha melódica. Porém no ambiente profano surgiu a música cânone, onde as vozes cantavam a mesma melodia, mas entravam em compassos diferente, como se cada voz perseguisse a que começou a cantar antes. Provavelmente foi essa a origem das primeiras idéias para uma nova organização musical, a polifonia, que é a técnica de cantar melodias diferentes ao mesmo tempo. Num primeiro instante (século IX), foi acrescentado à voz principal (vox principalis), que era um Cantochão, uma segunda voz, a voz organal (vox organalis), que consistia numa duplicação da voz principal uma quarta ou quinta abaixo, o que dá a essa música a sonoridade característica da época medieval.

Organum Paralelo:  

Os organa paralelos são as primeiras obras polifônicas que se tem notícia. Datam do século IX. Consistiam na duplicação de um cantochão, cantado pela vox principalis, pela vox organalis, normalmente uma quarta ou quinta abaixo. Uma outra forma seria a duplicação da vox principalis uma oitava abaixo e a duplicação da vox organalis acima das outras três.

Organum Livre:

Desenvolvimento do organum paralelo. No século XI observava-se os movimentos das vozes em paralelo, oblíquo, contrário e direto. As notas não eram executadas somente em estrito contraponto. A vox organalis passa a ser escrita acima da vox principalis.

Organum Melismático:

Séc. XII. O tenor mantinha as notas longas enquanto a vox organalis se desenvolvia suavemente através de notas mais curtas acima (melisma é o nome que se dá a um grupo de notas cantadas para apenas uma sílaba do texto).


Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Organum#Organum_paralelo

terça-feira, 14 de junho de 2011

A Música Na Idade Média: Musica Enchiriadis & Scolica Enchiriadis



  

Musica Enchiriadis (“Manual Da Música”) é um tratado anônimo do século IX, que tentou estabelecer regras na polifonia primitiva da Música Ocidental.  O Scolica Enchiriadis serve de comentário ao primeiro manual.

Esses dois tratados circularam em manuscritos medievais junto com o “De Institutione Musica”, de Boethius. O Musica Enchiriadis tem 19 capítulos, os primeiros nove discutem notação musical, modos e o Cantochão monofônico. Os capítulos 10 a 18 falam sobre a polifonia, como os intervalos consonantes devem ser usados para improvisar ou compor na música polifônica da Idade Média. Esses intervalos identificados no tratado são de 4ªs, 5ªs e 8ªs justas, alguns de 3ªs e 6ªs. O tratado também mostra algumas regras para a execução musical. O capítulo 19 descreve a lenda de Orfeu.

Apesar de o Scolica Enchiriadis ser apenas um comentário do Musica Enchiriadis, é quase 3 vezes maior que ele. Muito da teoria discutida no tratado se deve ao reconhecimento das concepções musicais de Agostinho De Hipona, especialmente sobre suas afirmações da importância da matemática para a música.

A escala usado no trabalho, baseada num sistema de tetracórdes, parece ter sido criada somente para uso na própria obra. O tratado também usa um muito raro sistema de notação, conhecido como notação muscical dasiana. Esta notação possui um número de símbolos que são rodados em 90 graus para representar diferentes sons.



Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Musica_enchiriadis
http://pt.wikipedia.org/wiki/Scolica_enchiriadis

segunda-feira, 13 de junho de 2011

A Música Na Idade Média: Polifonia


  
É uma técnica musical, onde duas ou mais vozes se desenvolvem preservando um caráter melódico e rítmico individualizado, de forma a criar acordes nítidos. A palavra polifonia vem do grego e significa várias vozes.

Desde a antiguidade a música foi feita de maneira homofônica, ou seja, a melodia seguia uma forma única e linear. No século X se iniciou a idéia de sobrepor vozes em intervalos de oitavas e quintas.  Esse processo se desenvolveu e teve seu apogeu no século XV, quando o contraponto musical foi altamente difundido. Contraponto é a técnica de cantar melodias diferentes ao mesmo tempo. Isso resultou numa forma musical nova e com essa nova técnica surgiu a harmonia.

As primeiras obras polifônicas surgiram na alta Idade Média, em ambientes profanos, sob a forma de cânones. A prova mais antiga existente de uma tentativa para estabelecer regras na polifonia primitiva da música ocidental se encontra em um método publicado no século IX com o título em Latim, Musica Enchiriadis.

Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Polifonia

sexta-feira, 10 de junho de 2011

A Música Na Idade Média: Cantochão



A prática monofônica utilizada nas liturgias cristãs se chama Cantochão.  As melodias se desenvolvem suavemente, sendo utilizados intervalos próximos como segundas e terças, o ritmo se baseia na prosódia dos textos em latim. É uma música de entonações, sem compassos e harmonia definidos, executada por coros em uníssono e usada em cerimônias religiosas católicas.

É a forma de música ocidental mais antiga que existe e ainda é utilizada hoje, cantada em mosteiros e por coros leigos do mundo todo. A teoria ocidental tem seus principais fundamentos no Cantochão.

O termo surgiu no século XIII, para diferenciá-lo das práticas de canto com ritmo mensurável.  Devido a uma imprecisão terminológica ainda se conceitua Cantochão como sinônimo de Cantos Gregorianos. Isso se dá em grande parte pelo fato de que o repertório gregoriano, quando restaurado pelo mosteiro de Solesmes, foi a prática de cantochão tomada como padrão na Igreja Católica a partir do início do século XX.  A expressão Canto Gregoriano surgiu quando o papa Gregório I Magno compilou os cantos tradicionais e regulamentou sua execução conforme o calendário litúrgico da Igreja Católica.





O Cantochão pode ser dividido quanto a categoria, forma e estilo: quanto a categoria pode ser dividido com os que cantam textos bíblicos e os que usam textos não bíblicos; e cada um destes pode ainda ser dividido nos que usam texto em prosa e os que usam textos poéticos.
 

Exemplos:
 Categoria:
  Textos bíblicos:
  Textos em prosa (as lições do Oficio Divino, as epístolas e o Evangelho da missa).
  Textos poéticos (os Salmos e os Cânticos).
 Textos não bíblicos:
  Textos em prosa (o Te Deum e várias antífonas incluindo as marianas)
 Textos poéticos (os hinos e as sequências de cultos e Missas)

O Cantochão pode também ser classificado em sua forma (como cantado):

Forma:
  Antifonal: dois coros cantam versos com um refrão, alternadamente;
  Responsorial: solistas cantam os versos e o coro canta o refrão;
  Direta: os cantores cantam os versos e não há refrão.

Na relação entre as notas e as sílabas das palavras, e como eram cantadas podemos classificar os estilos:

Estilo:
 Silábico: os cantos em que a cada sílaba do texto corresponde a uma nota somente.
 Melismático: os cantos em que uma única sílaba de uma palavra canta longas passagens de notas.
Neumático: o canto que a maior parte dele é silábica e, em poucas breves passagens, segue um melisma de quatro ou cinco notas somente sobre algumas sílabas do texto.

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cantoch%C3%A3o
http://www.emdiv.com.br/pt/arte/enciclopediadaarte/662-cantochao-canto-gregoriano.html

quinta-feira, 9 de junho de 2011

A Música Na Idade Média: Introdução



A Idade Média se inicia com a queda do Império Romano, no ano de 476.

O cristianismo se propagou rapidamente e isso exigiu um maior rigor do Vaticano, que unificou a prática litúrgica romana no século VI. O canto gregoriano foi institucionalizado pelo papa Gregório I e se tornou modelo para a Europa católica. Os neumas foram substituídos pelo sistema de notação com linhas, Guido D’Arezzo (992-1050) foi o responsável por esse tipo de notação musical que mais tarde deu origem a atual pauta musical e também designou o nome das notas musicais como as conhecemos hoje, através de um hino a São João Batista:

“Ut queant laxis Resonare fibris Mira gestorum Famuli tuorum Solve polluti Labii reatum Sancte Ioannes”

“Para que os servos possam, com suas vozes soltas, ressoar as maravilhas de vossos atos, limpa a culpa do lábio manchado, ó São João!”

Posteriormente, o nome DO substitui o UT e as sete notas musicais ficaram assim: DO, RE, MI, FA, SOL, LA e SI.




A liturgia e a festividade ligam a música a ritos religiosos (a exemplo do cantochão e do calendário gregoriano), ou àqueles de reminiscência pagã (como as festas da chegada da Primavera).  Também nessa época o amor profano se expressa em todo seu refinamento pela arte dos trovadores. 

O período da música medieval é marcado pela estrutura modal praticada nas himnodias e salmodias, no canto gregoriano, nos organuns polifônicos, nas composições polifônicas da Escola de Notre-Dame, na Ars Antiqua e Ars Nova e ainda na música dos trovadores e troveiros.


Fontes:

http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%BAsica_medieval
http://www.spectrumgothic.com.br/musica/medieval.htm