A cultura musical ocidental tem muita base nos conhecimentos dos antigos gregos. A teoria, escalas, modos e conhecimentos de harmonia são usados até hoje.
Como em muitas outras civilizações, a música na Grécia Antiga também estava ligada as divindades e há muitas histórias míticas sobre a sua origem. Registros diversos indicam que a música era parte integral da percepção grega de como o seu povo teria vindo à existência e de que continuava a ser regido pelos deuses. Em ritos religiosos, nos Jogos Olímpicos, nas festas cívicas e para apoiar outras artes, a música estava presente.
A música grega se baseava em escalas diatônicas: os modos gregos. Fundamentava-se na ética e na matemática. Pitágoras estabeleceu proporções numéricas para cada intervalo musical. Seu sistema baseava-se em uma escala de quatro notas - o Tetracorde. Os intervalos entre essas 4 notas podiam variar e definiam as modalidades diatônica, cromática ou enarmônica, de uma peça musical.
Pitágoras é considerado o fundador do nosso conhecimento sobre harmonia musical. Também é responsável por associar os 7 modos gregos a determinados estados da alma. Por exemplo: o modo dórico era considerado capaz de induzir a um estado pacífico e positivo, o frígio tinha um caráter subjetivo e passional. Atualmente associamos as escalas maiores a um estado de alegria e as menores a melancolia, introspecção. Pitágoras relacionava a música com a constituição íntima do universo, idéia concebida por relações numéricas perfeitas que produziam a chamada “música das esferas” e que só poderia ser inteligível através do pensamento superior. Por esse motivo havia uma série de regras para composição e execução musical, de forma que esta ecoasse a ordem perfeita do cosmo.
A Grécia Antiga não deixou registros de suas composições. As primeiras menções ocorreram na era Homérica, quando a cultura musical estava em pleno desenvolvimento. A música nessa época era caracterizada por poemas recitados ao som de instrumentos musicais, especialmente a lira, devido a isso recebeu o nome de canto lírico. Estudos dizem que a harmonia era pouco usada e apenas na Idade Média começou a se desenvolver.
O canto tinha uma melodia simples – A Monodia. As melodias padrões (Nomoi) eram usadas em cultos religiosos. A partir disso a música grega evoluiu para a lírica solista, o canto conjunto e o solo instrumental. Depois vieram as grandes tragédias inteiramente cantadas, que marcaram o apogeu da civilização grega.
No século VI a.C. o coro passou a ter importante papel em eventos públicos, religiosos ou laicos, e a lírica coral se tornou um gênero autônomo, elaborando tipos definidos para cada ocasião. Assim, eram entoados ditirambos em honra a Dionísio, peãs para Apolo, epitâmios nos casamentos, trenodias nos funerais, partênios como canto de jovens, hinos em louvações e epínicos para os vencedores dos Jogos Olímpicos. Essas formas dependiam da estrutura e ritmo da poesia.
A rítmica recebeu grande atenção dos gregos antigos e estava intimamente ligada à composição poética. O primeiro tempo, base do sistema, era definido pela nota breve (U), que duplicada formava a longa (-), a combinação dessas notas formava os pés, que eram os ritmos básicos. A justaposição de pés formava os metros, que por sua vez formavam as frases. Essas se agrupavam em períodos e os períodos em estrofes, seguidos de uma antístrofe (reprise) e de um epodo (final).
Há dois tipos de notação musical: a vocal, que utiliza as letras maiúsculas do alfabeto grego, e a instrumental que utiliza sinais do alfabeto fenício.
Apenas poucos fragmentos de obras musicais da antiguidade existem hoje. Um deles é o breve Epitáfio de Seikilos:
Instrumentos musicais gregos:
Lira: é um instrumento de cordas tangidas, afinadas segundos as notas de um dos modos, e fixadas em um arcabouço formado com o casco de tartaruga. Era usada para acompanhar recitações e canções.
Diaulos: é uma espécie de flauta com palheta, provavelmente produz um som similar ao clarinete.
Flauta de Pã: se constitui de uma série de tubos fixos juntos, de comprimentos diferentes, através dos quais o ar é soprado pela extremidade superior.
Hydraulis: é um instrumento de teclas. Empregava água sob pressão para produzir sons através do movimento do ar nos tubos.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%BAsica_da_Gr%C3%A9cia_Antiga
http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=545
http://pt.scribd.com/doc/55975587/Historia-Musica-Grega
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