sexta-feira, 12 de junho de 2015

Karma



Após sair de O Terço, Jorge Amiden passa um tempo em um sítio na periferia do Rio De Janeiro, se recuperando do uso de drogas e das viagens de LSD que fez no começo dos anos 70. Logo em 1972, seu novo projeto toma forma, o Karma. Junto de Luiz Mendes Junior (violão e vocal) e Alen Cazinho Terra (baixo e vocal), são contratados pela RCA e assim gravam uma obra antológica do rock nacional, o homônimo Karma (1972). 

Ao definir o Karma, Ramalho Neto escreveu na contracapa: (O Karma é) alma, espiritualidade, imortalidade, elevação, Índia, Londres, Califórnia, New York, Rio de Janeiro, Ipanema, Gurus, Krishina, Amor Maior, incenso, Forma, Cores, Som. No Brasil (o Karma) é tudo isto e também muitos anos à frente do que virá musicalmente".

Vale ressaltar a participação de Gustavo Schroeter. Irretocával, contundente e preciso Gustavo já era, de longe, um dos melhores bateristas do pop/rock brasileiro. Quem também assumiu as baquetas em duas faixas do disco foi Bill, ex-baterista de The Trolls, uma banda formada por estudantes da Escola Americana, no Rio. Há ainda as participações de Rildo Hora (gaita), Oberdan (flauta) e Yan Guest (cravo).

Além de uma música "perdida" num compacto da RCA, ‘Karma’ foi o único LP lançado pelo trio. Agora o jeito é torcer para que a BMG tenha a luminosa idéia de reeditá-lo em CD, com os devidos bônus a partir do material arquivado na gravadora.


Karma (1972)


Faixas:

01. Do Zero Adiante
02. Blusa de Linho
03. Você Pode Ir Além
04. Epílogo
05. Tributo ao Sorriso
06. O Jogo
07. Omissão
08. Venha Pisar na Grama
09. Transe Uma
10. Cara e Coroa


        Fonte: http://senhorf.com.br/agencia/main.jsp?codTexto=4867

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Som Imaginário

Som Imaginário


Formada no começo dos anos 70, inicialmente por Wagner Tiso (piano), Frederyko (guitarra). Tavito (violão), Robertinho Silva (bateria) e Zé Rodrix (vocais e piano), lançou 3 álbuns.

Som Imaginário (1970)
Som Imaginário (Nova Estrela) (1971)
Matança do Porco (1973)

A história da banda começa no Rio de Janeiro. Milton Nascimento e Wagner Tiso, integrantes do W Boys, durante shows na vida noturna carioca, conhecem o baixista Luis Alves e o baterista Robertinho Silva, juntos decidem ser a banda de apoio de Milton Nascimento, que já estava começando a carreira de cantor. Zé Rodrix (órgão), Tavito (violão), Frederyko (guitarra), foram chamados para integrar o conjunto, juntos de Laudir Oliveira (percussão), este pouco tempo permaneceu junto ao grupo.

"Milton Nascimento, ah, e o Som Imaginário" foi o nome do primeiro show, que teve sua estréia no  Teatro Opinião, em seguida no Teatro da Praia, no Rio de Janeiro. Nivaldo Ornelas (sax) e Toninho Horta (guitarra) também acompanhavam a banda. Nessa época o percussionista Naná Vasconcelos também integrou o conjunto, porém não de maneira fixa.


A gravadora Odeon se interessa pelo trabalho do grupo e em 1970 lançam seu primeiro LP, Som Imaginário.

Som Imaginário (1970)


Faixas:

Morse
Super-Goo
Tema Dos Deuses
Make Believe Waltz
Pantera 
Sábado
Nepal 
Feira Moderna
Hey Man
Poison

No ano seguinte lança o também intitulado Som Imaginário, trazendo a mesma qualidade de trabalho do álbum anterior.

Som Imaginário (1971)



Faixas:

1 - Cenouras
2 - Você Tem Que Saber
3 - Gogó (O Alívio Rococó) 
4 - Ascenso
5 - Salvação Pela Macrobiótica 
6 - Ué 
7 - Xmas Blues 
8 - A Nova Estrela


Por fim lançam seu último LP, A Matança Do Porco, considerado o  mais belo da sua curta carreira, quase todos os temas são de Wagner Tiso. O álbum é transcendental e sua sonoridade é fantástica.

A Matança Do Porco (1973)



Faixas:

1. Armina 
2. A3 
3. Armina [Vinheta 1]
4. Armina nº 2
5. A Matança do Porco 
6. Armina [Vinheta 2] 
7. Bolero 
8. Mar Azul 
9. Armina [Vinheta 3] 

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Terreno Baldio


Considerado por muitos como o Gentle Giant brasileiro, o Terreno Baldio é um dos mais importantes grupos nacionais no estilo. Formado no início dos anos 70, o grupo estréia em 1975 com "Terreno Baldio", que sai pela gravadora Pirata em tiragem de 3000 cópias. O grupo lançaria ainda mais um álbum, "Além das Lendas Brasileiras", antes de debandar, em 1978. Um trabalho mais brasileiro dentro do Rock Progressivo. A formação era ligeiramente diferente com Ayres Braga (ex- Joelho de Porco) no lugar de Ascenção. O Terreno voltaria a se reunir em 1993 para regravar o primeiro LP, dessa vez em inglês, para um (re)lançamento pela Progressive Rock Worldwide (com direito a faixas-extras). Ou seja, trata-se na verdade, de um terceiro disco do grupo.

Terreno Baldio





Depois de mais de três décadas de seu lançamento original, em 1976, e após um processo de produção de praticamente dois anos entre pesquisa, design de encarte e masterização, a gravadora niteroiense Rock Symphony e o grupo paulista Terreno Baldio relançam o primeiro disco que ainda era inédito em CD. O som foi remasterizado na Itália pelo produtor original dos dois LP's da banda, Cesare Benvenuti. Também ficou internacionalmente conhecida por reportagens no Japão, Europa, EUA, etc. A nova formação do Terreno é Kurk nos vocais, Mozart na guitarra, Lazzarini nos teclados,(integrantes da formação original), Edson Ghilardi na bateria, Geraldo Vieira no contrabaixo e Cássio Poleto no violino. É um ícone do Rock Progressivo que volta a tocar muitos anos depois.



Notícia Catraca Livre 2011

Um dos ícones do rock progressivo no Brasil, a banda Terreno Baldio se apresenta no palco da Galeria Olido neste domingo, 16, às 18h.

Formado no início dos anos 1970,o grupo tem em sua trajetória dois discos considerados clássicos do rock progressivo no Brasil: “Terreno Baldio” e “Além das Lendas Brasileiras”.

No show, João Kurk (voz), Mozart Mello (guitarra e vocais), Roberto Lazzarini (teclado), Geraldo Marino Vieira (baixo), Edson Guillard (bateria) e Cássio Poleto (violino) apresentam os sucessos dos dois álbuns.


Fonte: 

http://www.rockprogressivo.com.br/canais/bio/terreno.htm
https://catracalivre.com.br/sp/agenda/indicacao/terreno-baldio-apresenta-rock-progressivo-na-galeria-olido/


Terreno Baldio (1975)


Faixas:

1. Pássaro Azul
2. Loucuras de Amor
3. Despertar
4. Água que Corre
5. A Volta
6. Quando As Coisas Ganham Vida
7. Este é o Lugar
8. Grite


Perfume Azul Do Sol

Olá pessoal, como estão? Após 4 anos sem postagem no blog, decidi reativá-lo, mas falando de outros assuntos e não apenas História da Música. Para começar vamos falar de algumas bandas nacionais de rock psicodélico.

Perfume Azul Do Sol






Pouco conhecida, a banda Perfume Azul Do Sol gravou seu único disco em 1974, pelo selo Chantecler. Seu som psicodélico mistura rock com pitadas de música regional, como o baião. A imersão nesta obra é inevitável, algo que nos causa um sentimento quase místico. Formada por Benvindo (violão), Jean (guitarra), Ana (voz e violão) e Gil (bateria). Quem toca baixo no disco é o Pedro Baldanza. Ele foi baixista convidado pra gravar, mas nunca foi da banda.


"Só tem 100 vinis da banda rolando por aí. Esse disco não foi distribuído oficialmente. Apenas algumas poucas cópias pararam nas mãos da banda e de raros lojistas como brinde da gravadora. Um LP desse vale uma fortuna para colecionadores." Comentário de um ex-integrante anônimo.



Nascimento (1974)




Faixas:

01. 20.000 Raios de Sol
02. Sopro
03. Calça Velha
04. Deusa Sombria
05. O Abraço do Baião
06. Equilíbrio Total
07. Nascimento
08. Pé de Ingazeira
09. Canto Fundo
10. A Ceia



terça-feira, 22 de novembro de 2011

A Música Na Idade Média: Ars Nova




Ars Nova também é conhecida como Pré-Renascença, teve forte influência da Guerra Dos Cem Anos, do príncipio da queda do feudalismo e do realismo político e filosófico. Era uma música mais próxima da vida, da realidade.

O homem vinha atuando na vida comum, no sentido horizontal, primando pela individualidade e valorizando a aparência e o luxo.

A notação musical se fixava e expandia. A música não religiosa ganhava mais respeito, se aliava às danças. França, Inglaterra, Itália se destacam.

A Ars Nova é mais expressiva e refinada, possui ritmos mais flexíveis e ousados. Harmonia mais desenvolvida e as frases se iniciam e terminam em acordes incompletos, de 4ªs, 5ªs e 8ªs. A polifonia se impõe e surgem novas técnicas para coordenar várias vozes e lidar com as dissonâncias, nasce o contraponto.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

A Música Na Idade Média: Vídeo


O vídeo é em espanhol, mas dá para entender um pouco. Aproveitem!!!

A Música Na Idade Média : Ars Antiqua




Ars Antiqua é um movimento polifônico do séc. XII até XIII e até o começo da Ars Nova.
  A presença da música não religiosa, chamada de profana, é de grande importância. Era a poesia lírica popular ou aristocrática, cantada nos castelos e aldeias. Isso era bem ao contrário ao canto gregoriano, que era homófono, cantado pelos monges. A música profana introduziu as primeiras experiências com a Polifonia.
  Os principais temas da música profana: amor, épicos, báquicos, cavalarias e cruzadas. O despertar da música profana se deve ao trovadorismo



  Os trovadores apareceram no sul da França, na Provença, em meados do séc. XI até o séc. XIII. Eram nobres, falavam dialetos e chamavam-se Troubadors.
  Na Alemanha, os trovadores baseavam os seus cantos na canção popular e na poesia dos Vaganten (vagantes), entre os quais se encontra a escrita do Carmina Burana.

  Tinha relação com o canto gregoriano e trouxe uma relação vocal-instrumental, inédita.

TROVADORES: Guillaume IX (1086-1127), Bernart De Ventadour (1145-1195), entre outros

TROVEIROS: Rei Ricardo Coração De Leão (1157-1199), Thibault De Campagne (1201-1253), Alfonso X (1226-1284), entre outros.

MINNESÄNGER: Vogelweide (1230), Tannhäuser (séc. XII), Reuenthal (1240), entre outros.

MEISTERSINGER: Hans Sachs (séc. XV), entre outros.

MENESTRÉIS: Aqueles que executavam sem compor, sendo servos, não nobres. Na Inglaterra, eram chamados bardos.

MÚSICOS-POETAS: Os compositores e músicos itinerantes de castelo em castelo.



Fonte:

ZilahiSoft - História Da Música

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

A Música Na Idade Média: Conductus



O Conductus era um canto de procissão usado para acompanhar o padre, conduzi-lo em seus movimentos pela igreja. Quando um compositor elaborava um Conductus, escrevia uma melodia própria em vez de pegar a parte do tenor emprestada do Cantochão. Sobre a parte do tenor adicionava duas, três ou até mais vozes, quase sempre no estilo nota contra nota.

O Conductus usava o mesmo texto para todas as vozes, diferentemente do Moteto. Nesse estilo também surgiu uma interessante invenção musical, a troca de vozes. Frases inteiras e fragmentos da melodia são trocados pelas vozes. Por exemplo, quando uma voz canta AB a outra voz canta BA.


Referências Bibliográficas:
BENNET, Roy. Uma Breve História da Música.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

A Música Na Idade Média: Motetos




No século XIII, as vozes mais altas da clausulae começaram a receber palavras independentes do texto.  O duplum passou a ser conhecido como motetus (do francês mots, que significa “palavras”), assim surgiu um tipo de música popular chamada Moteto.

Palavras seculares passaram a ser usadas pelo fato de que muitas dessas composições foram elaboradas para serem cantadas fora da Igreja. Sobre uma clausula, adicionava-se uma terceira voz (triplum) escrita com uma notação mais rápida. Esta tinha palavras indepedentes, às vezes até em outras línguas.  O triplum poderia se ajustar ao tenor ou ao duplum, mas não precisava necessariamente adequar-se aos dois e isso às vezes gerava conflitos dos mais dissonantes.

Referências Bibliográficas:
BENNET, Roy. Uma Breve História da Música.

domingo, 19 de junho de 2011

A Música Na Idade Média - Escola De Notre-Dame


No século XII, Paris tornou um importante centro musical. Isso aconteceu depois do início da Catedral De Notre-Dame. As partituras de Organum alcançaram um admirável grau de elaboração com um grupo de compositores pertencentes a “Escola De Notre-Dame”. Porém apenas dois nomes desses compositores chegaram até nós: Léonin, que foi o primeiro mestre do coro da catedral e Pérotin, que foi o seu sucessor e trabalhou de 1180 até cerca de 1225.




Léonin escreveu muitos organa (plural de organum) com base em cantos das festividades da Igreja, como a Páscoa e o Natal. O compositor escolhia a composição e considerava como tenor a parte que tivesse apenas uma ou duas notas em cada sílaba, atribuindo-lhes valores extremamente longos, tão longos que possivelmente os tenores de Notre-Dame fossem auxiliados ou até mesmo substituídos por instrumentos como o órgão ou os sinos. Acima dessa linha, o compositor escrevia um solo, agora com um tipo de notação mais rápida. Essa segunda linha se chamava duplum. Quando chegava a um segmento do canto original dotado de melisma, o Léonin colocava o tenor dentro do mesmo ritmo. Esse estilo de composição é conhecido como descante e parte do organum no qual isso ocorria se chama clausula.

A única referência escrita a um músico chamado Léonin foi registrada mais de um século após sua morte por um monge britânico anônimo, que o descreveu como "o maior compositor de organum para amplificação do serviço divino".

  
Pérotin revisou um grande número de organa de Léonin, enriquecendo-os e modificando-os afim de torná-los estilisticamente mais modernos. A um organum duplum ele podia acrescentar uma terceira voz (triplum) ou até mesmo uma quarta (quadruplum). Além disso compôs diversas clausulae: algumas em substituições de outras já existentes em organa anteriores e outras a serem executadas como peças independentes.


Fontes:
Uma Breve História Da Música – Roy Bennet
http://pt.wikipedia.org/wiki/Perotin
http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%A9onin