Após sair de O Terço, Jorge Amiden passa um tempo em um sítio na periferia do Rio De Janeiro, se recuperando do uso de drogas e das viagens de LSD que fez no começo dos anos 70. Logo em 1972, seu novo projeto toma forma, o Karma. Junto de Luiz Mendes Junior (violão e vocal) e Alen Cazinho Terra (baixo e vocal), são contratados pela RCA e assim gravam uma obra antológica do rock nacional, o homônimo Karma (1972).
Ao definir o Karma, Ramalho Neto escreveu na contracapa: (O Karma é) alma, espiritualidade, imortalidade, elevação, Índia, Londres, Califórnia, New York, Rio de Janeiro, Ipanema, Gurus, Krishina, Amor Maior, incenso, Forma, Cores, Som. No Brasil (o Karma) é tudo isto e também muitos anos à frente do que virá musicalmente".
Vale ressaltar a participação de Gustavo Schroeter. Irretocával, contundente e preciso Gustavo já era, de longe, um dos melhores bateristas do pop/rock brasileiro. Quem também assumiu as baquetas em duas faixas do disco foi Bill, ex-baterista de The Trolls, uma banda formada por estudantes da Escola Americana, no Rio. Há ainda as participações de Rildo Hora (gaita), Oberdan (flauta) e Yan Guest (cravo).
Além de uma música "perdida" num compacto da RCA, ‘Karma’ foi o único LP lançado pelo trio. Agora o jeito é torcer para que a BMG tenha a luminosa idéia de reeditá-lo em CD, com os devidos bônus a partir do material arquivado na gravadora.
Karma (1972)
Faixas:
01. Do Zero Adiante
02. Blusa de Linho
03. Você Pode Ir Além
04. Epílogo
05. Tributo ao Sorriso
06. O Jogo
07. Omissão
08. Venha Pisar na Grama
09. Transe Uma
10. Cara e Coroa
Fonte: http://senhorf.com.br/agencia/main.jsp?codTexto=4867